sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Banco Nacional de Angola assina acordos com intermediários do sistema financeiro


O Banco Nacional de Angola (BNA) acordou ontem, em Luanda, com nove intermediários financeiros a abertura da Campanha de Educação Financeira, que visa estimular dois novos produtos bancários que os bancos comerciais passam doravante a prestar à população.

Trata-se dos produtos Depósito Bankita e Poupança Bankita. Segundo o Banco Central, para o Depósito Bankita, o cidadão pode abrir a conta com um valor mínimo de 100 kwanzas e a apresentação de qualquer documento de identidade válido e, por sua vez, para o Poupança Bankita a Crescer, a condição é de que o cidadão tenha uma conta no banco e mantenha disponível um valor mínimo de mil kwanzas, a partir do momento em que subscreve.

O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, adiantou que a presente iniciativa representa um passo para o desenvolvimento do sistema financeiro nacional, na medida em que se está a criar condições para que muitos angolanos possam aceder à banca. “A adesão dos cidadãos ao sistema financeiro vai fortalecer a nossa capacidade de regular e fazer com que a política monetária seja mais eficaz.” Os produtos a que se deu prioridade, segundo José Massano, não representam uma iniciativa singular, mas sim um acto colectivo que revela um sentido de maior compromisso e desafio para as instituições envolvidas.

O governador notou ainda que as novas contas vão facilitar as actividades financeiras quotidianas dos cidadãos, através da utilização de um cartão multicaixa a futuros clientes bancários, diminuindo-se, assim, o risco de perda de dinheiro.
Um dos objectivos da campanha do Banco Central é expandir o acesso aos produtos bancários e elevar o nível de conhecimento financeiro dos angolanos, assegurando que todos possam ter uma conta no banco.

O BNA pretende ainda que, com a facilitação que os bancos venham a ter, se possa retirar do mercado informal os milhares de milhões de kwanzas que se encontram fora do sistema financeiro angolano.

O governador do BNA afirma que são no total 200 mil milhões de kwanzas, o equivalente a dois mil milhões de dólares, representando seis por cento do valor global em circulação, que os usuários mantêm fora do sistema bancário.

Para a administradora do BPC, Fátima Silveira, a assinatura é um desafio para os bancos comerciais, já que vai permitir e dar oportunidades para que os demais cidadãos, com poucos recursos financeiros, tenham contas bancárias. “Isso vai ajudar também na prestação de serviços aos clientes.”
Coutinho Nobre Miguel, do Banco Sol, disse que esses produtos são mais um instrumento de primeira conquista na banca, que visam a maior inclusão dos cidadãos no sistema.

Para o gestor do Banco Sol, o acordo alcançado vai satisfazer as necessidades reais da população, com a redução da fome e da pobreza. “Tem a ver com a população de baixa renda, que se sentia fora do sistema bancário e que agora está inclusa.”
Este acordo Campanha de Educação Financeira do BNA foi conseguido junto dos bancos comerciais BPC, BNI, BANCO SOL, BCA, BFA, BANCO KEVE, BMF e Banco BIC.

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